Caminho de Cora Coralina

O Caminho de Cora Coralina foi traçado com base em relatos de viagens realizadas desde o século 18. São aproximadamente 300km a serem percorridos por cicloturistas e mochileiros.
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A atleta de Pirenópolis, Raiza Goulão, esteve à frente do grupo que inaugurou o Caminho de Cora Coralina
Inspirado em um dos principais nomes da literatura goiana, o Caminho de Cora Coralina começou a ser demarcado em 2015. Tal qual a Estrada Real em Minas Gerais e o Caminho de Santiago, na Espanha, o estado de Goiás compreendia uma trilha histórica destinada aos viajantes. O trajeto passou por modificações e tem o intuito de transformar um percurso usado por bandeirantes, há centenas de anos, em uma estrada visitada por aventureiros interessados em conhecer as belezas naturais e a cultura do estado de Goiás.
Os viajantes desfrutam não só de espaços em meio à vegetação do cerrado, mas também das belezas de residências dos séculos 18 e 19, das ruínas de antigas lavras de ouro e da presença de fazendas e cidades históricas. A paisagem é vistosa ao redor, composta por morros verdes e um céu sem as limitações impostas pelos edifícios da cidade.
Caminho de Cora
O caminho começa em Corumbá de Goiás, município com pouco mais de 11 mil habitantes e a 140km de Brasília, e termina na Cidade de Goiás, antiga capital do estado, mais conhecida como Goiás Velho, e local de nascimento da poetisa cujo nome batiza a trilha. Passa, ainda, por outras cidades históricas, como Pirenópolis, Jaraguá, Itaguari e Itaberaí. Em todos os oito municípios por onde o caminho passa, há locais para hospedagem, especialmente nas cidades maiores.
A trilha começa perto do Terminal Rodoviário, na qual se atravessa um pequeno trecho de mata próxima a um trecho composto por casebres, fazendas e sítios.
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Segundo estudos arqueológicos, acredita-se que parte das trilhas por onde passa o Caminho de Cora Coralina, como por exemplo na região da Serra dos Pireneus, foram utilizadas por povos nativos há cerca de 10.000 anos conectando aldeias indígenas. Posteriormente, percorridas por Bandeirantes e tropeiros até consolidar-se como a rota correspondente a uma parte da antiga Estrada Colonial, aberta nos anos de 1730, que ligava Salvador à Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital do Mato Grosso.
As casas próximas ao Caminho de Cora Coralina são habitadas, em geral, por trabalhadores da região. Segundo eles, é comum ver fazendeiros, vaqueiros e ciclistas locais e forasteiros usando a estrada.
 

Caminho de Cora: conheça os personagens que fazem o mais novo destino turístico de Goiás (O Popular)
 

Roteiro baseado em diários de viagem

A elaboração do roteiro do Caminho de Cora Coralina ficou a cargo do pesquisador Bismarque Villa Real. Especialista em estradas e caminhos antigos e em estudos sobre o Planalto Central, ele fez um levantamento recorrendo a diários de viagem dos séculos 18 a 20.

É um caminho que passa por lugares de muita beleza. Ele tem a força da história e da natureza, dois aspectos bastante relacionados à vida de Cora Coralina, que sempre defendeu a natureza, as mulheres e as pessoas pobres” Renato Barbieri, diretor do filme Cora Coralina – Todas as Vidas

 
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Caminho de Cora Coralina (Goiás Turismo)
 
[info]Expedição Tripedal: Caminho de Cora Coralina[/info]
Expedição Tripedal Caminho de Cora

De 27 a 29 de Julho de 2018, a Expedição Tripedal vai percorrer o Caminho de Cora durante 3 dias de aventura. Para saber mais e se inscrever, clique aqui.

 
 

Cora Coralina

Nome adotado por Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nasceu na Cidade de Goiás, em 20 de agosto de 1889. A poetisa e contista ficou famosa por retratar nos escritos que produzia a simplicidade do seu cotidiano. Publicou o primeiro livro só aos 75 anos.
Desde então, teve nove obras editadas, sendo quatro delas póstumas, e chegou a receber dois prêmios: o literário Juca Pato e a Ordem do Mérito Cultural. A poetisa morreu em Goiânia, em 10 de abril de 1985, aos 95 anos.

Ela tinha uma visão muito à frente do tempo e a capacidade de se expressar com muita verdade, clareza e força em uma sociedade machista, patriarcal e escravagista. O principal mérito dela era a coragem” Renato Barbieri, diretor do filme Cora Coralina – Todas as Vidas

 

Veja também

» Expedição Tripedal: Caminho de Cora Coralina
» Caminho de Cora por Raiza Goulão
 

Fontes

Goiás Turismo | Agência Estadual de Turismo

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